O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou a criação de um comando de civis e de militares para elaborar um “plano especial antigolpe”. Em discurso 13/04/2012 para relembrar os dez anos da tentativa de derrubada de seu governo, Chávez afirmou que a mesma força empregada na época pelos opositores está “elevada à enésima potência”.
“Estamos obrigados a estar alerta todos estes dias e meses que estão por vir, sobretudo ante à conjuntura das eleições presidenciais que ganharemos por nocaute em 7 de outubro”, disse o presidente em referência à disputa por um novo mandato. Para ele, a tentativa de golpe de 2002 mostrou a necessidade de uma articulação da sociedade. “Demonstramos que o povo unido jamais será vencido, que uma pátria unida jamais será vencida. Por isso lhes peço não somente manter a unidade, mas fortalecê-la.”
Chávez voltou a criticar o candidato da oposição conservadora, Henrique Capriles Radonski, “nada mais que a expressão do fascismo”, e cobrou que ele assuma seu apoio ao golpe frustrado. “Está inconscientemente, mas claramente, dando aval, aplaudindo o 11 de abril. O golpe no qual participou e não tem um pingo de coragem de reconhecer.”
Cúpula das Américas
Chávez, que viaja a Havana para dar sequência ao tratamento contra um tumor na região pélvica, criticou a postura dos Estados Unidos de vetar a entrada de Cuba na Cúpula das Américas, realizada neste fim de semana na Colômbia. Para ele, o fato de a Casa Branca ser, ao lado do Canadá, a única oposição a que se apoie também a causa da Argentina na disputa pela soberania das ilhas Malvinas mostra que é necessário deixar este tipo de encontro.
“Se estes dois governos se negam a discutir temas tão profundamente consensuados, para que mais cúpulas das Américas? Teríamos de acabar com esta cúpula, simplesmente, e nos dedicarmos ao que é nosso”, apontou. Também na sexta, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, expressou irritação com a postura dos Estados Unidos e afirmou que as nações da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) se recusarão a participar de novos encontros do tipo sem a presença de Cuba."
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